Como de costume, entrei no meu mundo, subi até o último andar, contemplei o céu escurecido e olhei para baixo a encontrar o negro abismo sem fim que se mostra como a solução. Mas desta vez algo mudou. Ao invés da escuridão, vi o mar: tão próximo, e tão límpido que me vi caminhando em sua direção. As ondas batiam em meus pés e transmitiam uma imensa tranquilidade. O sol brilhava, dominando as trevas que estiveram presentes. Sentia o vento no meu rosto e um sussurro de esperança nos meus ouvidos. Tudo fez sentido quando o vi andando até mim, com seu sorriso sereno, os raios do sol refletidos em seus olhos e pronto a me dar seu abraço eterno. Admirava a forma como falava, como me abraçava, me enchia de carinho e me dava atenção. Seus olhos atentos me observavam, prontos a me apoiar no que fosse preciso. Cuidados físicos e emocionais inexistentes no mundo natural, mas que nele se fazem exceções. Assim conheci o amor, o respeito e a dedicação. Sentimentos ou que nunca encontrei, ou que há muito já não eram presentes em minha alma. Aprendi novamente como é amar e ser amada, como é estimar e ser estimada, como é respeitar e ser respeitada. Novamente consigo ver além da muralha que se estendia ao meu redor; novamente consigo ver além do horizonte e enxergar a esperança que era ausente. Farei permanente este meu mundo, o qual não somente visito diariamente mas habito nele eternamente. Este mundo preenchido de admiração, atenção, estima, amor e respeito acima de tudo. Faço dele o meu centro de dedicação onde a noite deixa de existir, e dá lugar a esperança de felicidade.
Nosso amor é simples, como nenhum outro amor que conheci.
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